domingo, 5 de julho de 2009

Filho do estupro: vida ou castigo?


Quando falamos de aborto, remete-se as nossas mentes o pensamento e único de algo extremamente forçado, em que uma das vontades não quer, e alguém com uma força maior, ou munido de uma arma de fogo ou branca, obriga a frágil e indefesa vítima a obedecer os desejos do mandante, na maioria das vezes, maluco, ou mesmo problemático com relação à vida.
Ninguém pode ser hipócrita e comparar um ato sexual forçado a um pênalti mal marcado no futebol. Digamos que porque foi um ato de maldade, não haveria a chance de a mulher estuprada engravidar, ou mesmo de não contrair doenças, porque visto que o homem que age dessa tal maneira, não tem na maioria das vezes, consciência de segurança para com doenças e saúde, e por momentos, pode-se ter o ato sexual de uma forma ou de outra cedido pela vítima, por ser oprimida, sem um preservativo, pelo menos isso não é.
Infelizmente, como se não bastasse só esta tristeza, a mulher ser humilhada e forçada a aceitar um homem que na maioria das vezes ela nunca sequer viu na vida, em um momento que o nosso Deus criou para ser o momento maior do amor, em que este faria crescer outra geração, nasceriam filhos, e daí netos e por ai vai. Enfim, o processo, forçado ou não é o mesmo, há a penetração, o homem ao final de sua excitação irá ejacular e daí em diante pode-se desenvolver um filho ou filha para a mulher que sofreu.
A questão a partir deste ponto de vista é: a mulher infelizmente, engravidando de um sujeito psicopata ou mesmo problemático, no caso o estuprador, tem direito a fazer o aborto de uma forma legalizada, sem penalidade, ou culpa mínima?
É uma questão indagativa, já que sabemos que o ponto de vista, ou opinião de cada um por mais absurda que seja a situação, nunca é comum, afinal somos todos diferentes, porém iguais nas diferenças. Até em julgamentos de casos bizarros e de crimes, temos os julgadores, que muitas vezes não votam unânime um caso que pareça ser facilmente resolvido, como culpado ou absolvido.
Enfim, a mulher que consegue engravidar de um estuprador, tem o direito de não querer ter esse filho? por situação financeira, ou mesmo pelo fato marcante e triste ocorrido.
Segundo opiniões de religiosos, o filho é uma benção(e realmente é),seja lá qual for a situação, ou seja, não se pode tirar o direito de um ser humano (se já se procriou no útero é considerado vida) de viver, seja como for, mesmo em estupro, com deficiência ou não tendo condição financeira para se criar. Seria um crime, um pecado dos maiores. Opinião minha com vista na questão religiosa a parte leitor: Acho que seria muito mais cruel criar uma criança sem dar a ela o mínimo de conforto e amor, certo?
Segundo opiniões de sociólogos e pessoas comuns (muito parecidas com as minhas), o filho é realmente uma dádiva, porém, vindo de uma situação trágica e marcante como esta, pode parecer um castigo, uma brincadeira de mal gosto, e a mão da criança em questão pode não obter um amor normal pela criança. Além de que a criança pode ser uma icógnita: Pode herdar os traços e características boas dos pais e se tornar uma pessoa de bem, trabalhadora e honesta, como pode ser mais um risco assim como o "pai" para a sociedade. Partindo a partir daí seria um aborto sem culpa, mesmo uma criança não tendo culpa e sendo uma verdadeira dádiva.
Dê ao mundo o seu melhor, coloque no mundo o que você ama, o que você tem condição de sustentar, e mesmo se não tem, com amor sobreviverá, agora só não se pode dar a vida a um ser provindo de uma situação como esta tão chata e triste e que a mãe tem todo direito de não querer compartilhar, seria o egoísmo justificado.
Afinal: Em caso de estupro, seria um castigo ou vida? Mais que polêmica.

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